Casal gay que representou dupla sertaneja na São Clemente pede respeito ao samba

Beto (à esq.) e Edu, acompanhados do carnavalesco Jorge Silveira (centro) – Romulo Tesi

Na crítica aos rumos do Carnaval, a São Clemente também dá uma defesa do samba. Em resposta a uma brincadeira de mau gosto feita pela dupla sertaneja César Menotti e Fabiano, em que o segundo teria dito que o estilo é “música de bandido”, a escola escalou o casal Beto e Edu para virem no carro que crítica os camarotes da Sapucaí que privilegiam outros ritmos, como sertanejo e eletrônico.

“Se ficasse calado era melhor. Não gosta, fica calado”, disse Edu, ao lado do marido Beto, coreógrafos de escolas de samba.

“A pessoa não tem o direito de ofender só porque não conhecem, como nós passamos por sermos gays”, completou Beto.

O casal garante que a representação não é ofensiva, mas que pretende motivar uma reflexão, inclusive para a dupla de sertanejos. “A gente quer que eles vejam e saibam que o Carnaval é muito mais divertido do que eles imaginam”, disse Beto.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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