Entre os 159 presos na operação da Polícia Civil contra supostos milicianos, em uma festa em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, no último dia 7, está Pablo Dias Bessa Martins, jovem próximo do universo das escolas de samba.
Pablo Prynce, como é chamado, é artista e já desfilou algumas vezes no Carnaval carioca. Ele é cria da ONG Acaps (Ação Comunitária de Apoio Psicossocial), da comunidade do Aço, onde aprendeu a arte circense.
O jovem foi levado para as escolas de samba por Kelly Siqueira, coreógrafa de sucesso na folia carioca junto do parceiro Léo Senna, para realizar apresentações em comissões de frente e alas coreografadas, fazendo acrobacias. A maioria das participações foi em agremiações de grupos de acesso.
Pablo costuma passar boa parte do ano fora do Brasil, apresentando-se na Europa. Ele tem viagem marcada para o próximo dia 24 para uma nova temporada de apresentação – ameaçada por conta da prisão. Familiares e amigos alegam inocência de Pablo, e uma campanha foi iniciada para pedir sua libertação.
Um documento da Polícia Civil informa que 139 dos 159 presos na operação não eram alvo de nenhuma investigação e sequer tinham contra si quaisquer acusações. Pablo está entre os relacionados. O relatório foi enviado pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro à desembargadora Giselda Leitão e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A história completa, contada em reportagem de Karen Lemos, pode ser lida aqui.
A Acaps é de onde saem vários desfilantes para missões especiais em escolas de vários grupos do Rio, inclusive o Especial. Este ano, instrutores e alunos da ONG desfilaram pela Vila Isabel, sob a orientação de Kelly e Senna. Eram da entidade, por exemplo, os acrobatas que cruzaram a Marquês de Sapucaí andando sobre um globo, presos por cordas, em um dos carros da então agremiação de Paulo Barros.
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