Depois de sofrer com alagamento no barracão, chuva dá trégua e Arranco volta à Sapucaí sonhando em ficar na Série Ouro

Baianas do Arranco –

A pouco mais de uma hora do desfile de abertura do Carnaval da Série Ouro, a chuva, presença constante na pré-folia, não dava trégua na Marquês de Sapucaí nesta sexta-feira (17). E a vítima da vez foi o Arranco de Engenho de Dentro.

A escola da Zona Norte, de volta ao Sambódromo após 10 anos na Estrada Intendente Magalhães, foi uma das que mais sofreu com as fortes chuvas de início de ano. O barracão chegou a alagar, com danos à decoração de alegrias, e faltou luz em um dia.

A agremiação convocou um mutirão para ajudar a terminar o trabalho.

Tudo, porém, foi arrumado a tempo para a apresentação de abertura do Carnaval, com o enredo sobre o criador daa disputas entre as escolas, Zé Espinguela.

“Foi um ano de muito trabalho, muito difícil. Minha escola está vindo da Intendente Magalhães, e já seria uma transição complicada, um processo de reestruturação difícil naturalmente, mas o Arranco se empenhou muito pra fazer um Carnaval digno e pronto”, disse o carnavalesco Antônio Gonzaga, estreante, que usou as redes sociais nos últimos dias para narrar a saga para colocar o Carnaval na avenida.

“A gente precisa de uma valorização maior das escolas de samba. Não só pelo retorno financeiro, mas pela importância cultural. Isso aqui merece um olhar mais respeitoso e carinhoso”, calma o artista.

E o canto da escola? Um dos diretores de Harmonia do Arranco, Nélio Azevedo, admite que a chuva atrapalha um pouco, mas a garra dos componentes faz a diferença.

“Se Papai do Céu ajudar e não mandar um temporal muito forte, a gente segura”, disse Azevedo na concentração.

O clamor deu certo. Por volta das 21h30, quando a bateria apontou no Setor 1, a água parou de cair. E o Arranco cruzou a Sapucaí sem chuva. Pelo menos na hora do desfile ela deu uma trégua.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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