O portelense Luís Carlos Magalhães teve pelo menos uma tristeza logo após o fim do Carnaval. E não se trata do erro de julgamento que acabou na divisão do título com a Mocidade. Muito antes da revelação do problema com a nota de Enredo, o presidente da Portela lamentou que, após anos de hegemonia, a Águia deixava de gabaritar o quesito samba enredo com quatro 10.
“Isso para mim é um troféu talvez maior que ganhar o Carnaval”, diz o comandante da maior campeã da festa, em entrevista exclusiva ao Setor 1.
Então vice-presidente da Portela, Luís Carlos assumiu a escola de forma inesperada, logo após a morte de Marcos Falcon, assassinado em 2016. Enfrentou primeiro a resistência de família e amigos, contrários à posse no cargo principal. Depois vieram as crises internas e questionamentos a quem nunca havia gerido uma escola. Tudo cessou com o título após 33 anos de jejum. Mas logo teve que encarar uma briga nos bastidores contra a divisão da conquista.
DESAFIO: Tente completar as letras desses sambas da década de 90
Nesta entrevista, Luís Carlos não foge das perguntas, sugere mudanças e encara questões importantes, como a relação com as coirmãs que votaram contra a Portela na plenária – votação esta que a escola tenta anular. E diz como busca implantar seu estilo, muito preocupado com a faceta cultural da festa.
“Gosto de ver a Portela jogando bonito”, diz Luís Carlos, torcedor do Fluminense.
Leia abaixo a entrevista na íntegra, feita na véspera do aniversário de 94 anos da escola nesta terça-feira:
Qual foi a reação do componente da Portela à divisão do título?
Tem as mais variadas reações. De pessoas que querem ir até o fim até outras que não se importam de ter o título empatado com a Mocidade. Estou falando de gente do Brasil inteiro. Teve uma pessoa de Belém que nem sabia. Mas a maioria dos portelenses quer que a Portela busque seus direitos, porque o regulamento não está sendo cumprido. O título foi dividido pelos presidentes, não pelos julgadores. E o regulamento diz que os julgadores que devem dar o título. Das 36 notas, só três não foram 10. Essa é maneira do portelense ver. Claro que torcedor a Mocidade vê de outra maneira. Que um julgador deu uma nota errada.
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Tem que mexer no regulamento?
O parecer jurídico foi claríssimo, mas não foi acatado. E como fica isso daqui pra frente? Não era nem para ter sido recebido, pois não há previsão de recurso, nem para nota nem justificativas. E quem fez o regulamento foram as escolas. Se está certo ou errado, é outra discussão. Se está errado, vamos corrigir, mas para o ano que vem. Como mexe num regulamento para o carnaval que passou?
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Na justificativa, o Valmir Aleixo dá a entender que daria a nota 10 se a Mocidade apresentasse o destaque citado no roteiro. O que você acha?
Na opinião do torcedor da Mocidade, tem que anular a nota (do jurado Valmir Aleixo). O portelense acha que já que tem considerar o critério mais justo, que é o critério universal, de somar todas as notas. A Portela, que tinha vencido por um décimo, vai ficar seis décimos à frente da segunda colocada, que não vai ser a Mocidade. O que quero dizer é: cada um propõe a mudança no regulamento da melhor forma para si. O julgador, pelo o que escreveu, daria 10, mas ninguém pode afirmar. Você pode mexer no titulo de uma escola baseado numa suposição? Se ele escrevesse “se o Esplendor dos 7 Mares estivesse, eu daria 10”, ok. Mas ele não disse isso, é uma suposição, com uma carga enorme de probabilidade.
A escola está mordida?
Não… Teve a premiação (do site Carnavalesco, na quadra do Salgueiro) e a escola estava animadíssima. Daqui a pouco o componente nem vai ligar mais para isso.
E a relação da Portela com as outras escolas?
Nenhum problema. Fiquei com diretoria da Mangueira (na festa no Salgueiro) e não houve problema algum. O problema foi a maneira como foi feito. Tivemos toda a gentileza com o Império Serrano, convidamos os imperianos para desfilarem com a gente no Sábado das Campeãs, na maior harmonia, e quando chega lá (na plenária) eles se abstiveram. Por que? Porque não foram convocados para isso. E muitas não querem ir contra a Liesa, é claro que a gente compreende isso. Essas coisas passam e a camaradagem do sambista fica.
E foram discutidas possíveis mudanças na reunião de quarta-feira passada?
Foi vista a necessidade de melhorar isso tudo. Julgamento e regulamento, porque esse Carnaval deixou tudo exposto. Há brechas complicadas. A primeira foi não cair ninguém, a segunda é que justificativa pode mudar o resultado. Se isso ficar assim, Carnaval não vai acabar nunca.
O que mudar?
Não é tão simples. Tem que fazer a experiência, colocar em prática e obter o resultado. O regulamento não prevê justificativa para nota 10. Pressupõe-se que 10 é a perfeição, mas eu pergunto: será que é? Tem escola que passa com o carro apagado. No mínimo o julgador tem que dizer: ‘passou apagado, mas acho que não interferiu no desfile’. Não estou obrigatoriamente me referindo à Mangueira (2016), porque vou abrir outra discussão. Acho que o resultado da Mangueira foi correto. Julgamento não premia o acerto, ele desconta o erro. É mais importante para o julgador se a porta-bandeira bater a bandeira do que se ela realizar uma dança maravilhosa. A orientação é tirar ponto. Como é que vai fazer julgamento premiando a beleza, o deslumbramento, a alegria, as luzes?
Você defende a volta do quesito Conjunto?
Eu vou exagerar para ser didático: eu prefiro que tenha Conjunto e retirem todos os outros. Porque o Conjunto é que dá a visão geral. Os outros exigem que você procure erro. Acho que a Mangueira foi campeã no ano passado porque os jurados julgaram conjunto, e é assim que tem que ser.
A nova carnavalesca da Portela, a Rosa Magalhães, tem uma proposta de fazer alegorias menores e perdeu ponto por isso este ano.
Criei uma expressão para o Carnaval de um tempo para cá: exuberância volumétrica de materiais. Que é fazer aqueles carros imensos, todos bonitos, mas enorme, um caixotão, com muito ferro, madeira… A Rosa faz uma coisa menor. Isso faz parte do julgamento? Tem que ter tamanho mínimo? Não tem. Mas ela acaba sendo punida por isso.
Se você for consultado sobre possíveis mudanças no Carnaval, quais sugestões daria?
Tem que fazer a descentralização do julgamento. Não pode ser só uma pessoa que escolhe os jurados, que dá o curso, que enfrenta a imprensa. Precisamos de um gerente de quesito. Por exemplo: pegar o Mestre Odilon para ser o gerente de bateria. É ele quem vai escolher os julgadores, ele dá o curso. Ele vai dizer para o julgador: ‘você está maluco, dá uma nota dessa?’ ou elogiar. Quando vir jornalista meter pau nas notas, o Odilon que vai responder. Ele escolhe se o julgador fica ou não. E o Odilon tem que ganhar muito bem, porque vai ser expor muito. Eu não estou dizendo que tem que ser assim, mas gostaria de discutir isso. Se descentralizar o julgamento, se mudar o perfil do julgamento, premiando o acerto, e cobrar justificativa para nota 10, o Carnaval vai passar por uma revolução.
Quem você acha que deve ser ouvido?
Temos que ouvir as autoridades do Carnaval, quem faz a festa: Laíla, Rosa Magalhães, Paulo Barros, Alexandre Louzada, entre outros. É preciso fazer um grande seminário, um por mês. O site Carnavalesco e o SRZD já fizeram. Isso foi levado em consideração pela Liesa? Não sei. Mas com esse Carnaval conturbado, há essa necessidade. É uma questão de sobrevivência.
A Portela ainda tem dívidas?
A escola ainda tem dívidas, mas é uma coisa muito pequena. Quando a chapa Portela Verdade assumiu, era em torno de R$ 15 milhões. Hoje a Portela deve estar devendo no máximo R$ 1,5 milhão. Sabemos mais ou menos o que nos espera e em que mês teremos que pagar. Está tudo mapeado.
Como foi fazer o Carnaval 2017 no meio de uma crise?
A Portela fez carnaval sem ajuda de ninguém. Se tiver patrocínio, é tudo muito mais fácil. Ficamos sem patrocínio e ganhamos, e sabemos o custo. Como nosso enredo falava de rios, a havia uma combinação para um patrocínio da Cedae, mas com a falência do Estado, o dinheiro não veio, ficamos sem nada. Só tivemos os recursos oficiais e ajuda da nossa Feijoada e pequenos parceiros. Não temos patrono. A Portela é administrada com muita austeridade financeira, até com certo exagero.
A presidência da Portela é o que você esperava?
É completamente diferente. Você tem que dar o titulo, é isso que o componente quer, mas tem que preservar as tradições da escola. Tem que ter um departamento cultural super ativo, que cuida da alma da escola. Mas tem que, acima de tudo, deixar as contas em dia. Tem que administrar os conflitos humanos da escola, que não são fáceis.
Como você define seu estilo?
Nos primeiros meses havia uma administração com pulso muito forte (Marcos Falcon) e passou para uma que não quer saber de ter pulso forte. Não tenho o menor interesse, até porque não tenho. A minha maneira de agir é pelo diálogo, pela descentralização. O que fiz foi potencializar a atividade que cada um exercia. Dei mais autonomia, e deu certo. E com a equipe que o Falcon montou.
Você teve que administrar uma crise na final da disputa de samba, quando houve uma briga na quadra. O Noca, que é um compositor importante da escola, não se conformou com a derrota. Ele já reapareceu após o incidente?
Que eu tenha visto, não. Ele declarou que nunca mais passaria na porta da Portela. Essa é uma questão que ele tem que resolver. Não teria problema algum em conversar com ele. Nós só temos problema na disputa de samba. Ali ele tem um comportamento que a gente não concorda. Mas vamos ter a mesma postura, de igualdade para todo mundo. Quando ele ganha, não tem problema nenhum, mas quando ele perde, é difícil de administrar. Mas não expulsamos o Noca, nós fizemos uma punição financeira. Outras pessoas foram excluídas da ala de compositores. Agora, o que aconteceu entre o Noca e a Velha Guarda não nos diz respeito. A Velha Guarda excluiu o Noca, segundo o Monarco por unanimidade. As pessoas confundem: a Velha Guarda é que deixou de convidar o Noca, não fui eu.
E enredo para 2018?
Temos oito enredos. Nem todos com patrocínio. Há boas ideias sem patrocínio, há bons patrocínios com enredos não tão bons e bons patrocínios com bons enredos. Ainda estamos negociando, até porque temos que ter certeza de que o recurso vem mesmo. Não precisa ter muito dinheiro. Só o bastante para a gente não ficar sendo torturado pelo assédio de credores. Porque fazer carnaval sem patrono e sem patrocinador é uma tortura. Ainda mais para quem não é do ramo, que é o meu caso. Não estou acostumado em ter credor atrás de mim.
Logo depois de assumir, achou que não conseguiria administrar a escola?
Quando o Falcon morreu, eu estava viajando. Fiquei muito assustado. Primeiro pela violência da morte. Segundo pela reação da minha família, que não é do samba. Até pelos meus amigos. Tenho uma trajetória fora o samba. Já fui presidente de empresa, chefe de gabinete de Secretaria de Fazenda, chefe de jurídico de empresa pública municipal… Uma trajetória técnica. Quando aconteceu a morte do Falcon, essa turma toda veio em cima de mim.
Eles não queriam que você assumisse?
Não queriam. Achava que eu tinha que pular fora. Inclusive minha família. Eu tenho um casamento novo e três filhos: um de 35 anos, outro de 32 e o pequeno, de 5 anos. Foi muito complicado.
Como foi esse início?
No Barracão ia tudo bem, mas comecei a ter problemas na quadra. Porque ali são famílias que têm diferenças quase que seculares. Tive que pilotar tudo isso. Muitas vezes tive vontade de afastar pessoas, mas faltava pouco tempo para o Carnaval. Houve o incidente da briga na final da disputa de samba, o problema na escolha da rainha (Luís Carlos escolheu uma passista da comunidade em vez de dar o posto a Gracyanne Barbosa). Mas fomos contornando. As pessoas entenderam minha forma de administrar, as minhas diferenças em relação ao Falcon.
Depois conseguiu convencer família e amigos?
Mais ou menos. Mas como veio a vitória, não tem como sair. Não tem como dizer para aquele povo todo que você vai embora.
No programa Bar Apoteose, no You Tube, o jornalista Fábio Fabato, que é torcedor da Mocidade, sugeriu que Portela e Mocidade liderassem um movimento por mudanças no Carnaval. O que você acha dessa ideia?
O Fabato é suspeito (risos), em função da nossa relação. Gosto muito dele e ele gosta muito de mim. Só faltou ele dizer: ‘quem tem que fazer isso tudo sou eu e o Luís Carlos Magalhães’ (risos). Nós pensamos muito parecido, e o Rodrigo Pacheco (vice-presidente da Mocidade) é muito interessado nisso, está sempre botando o dedo no regulamento. Mas tem muita gente boa que pode ajudar. Temos que ouvir pessoas da universidade, mas principalmente quem faz Carnaval. Repito: ouvir o Laíla, o Wagner (Araújo, diretor) da Imperatriz, os carnavalescos. A Portela tem um diretor de carnaval, o Fábio Pavão, que é um antropólogo, apaixonado pelo carnaval e que conduziu a escola à vitória. Esse cara tem que ser ouvido. Precisamos fazer um grande debate. Por exemplo: fazer uma convocação ampla para só falar de bateria, até esgotar o assunto.
Em quanto tempo as mudanças poderiam ser implementadas?
Fazer um regulamento novo, como uma forma de julgar nova, é projeto para cinco anos. Não tiraram o quesito Conjunto? Todo mundo acha que não faz diferença, eu acho que faz toda diferença. E a cabine dupla (dois módulos de julgadores foram colocados próximos um ao outro, motivando críticas de algumas escolas), deu certo isso?
O que achou da cabine dupla de julgadores?
Eu não sou a melhor pessoa para opinar, porque não vi esse Carnaval. As pessoas perguntam, ‘mas você não achou justo a Mocidade tirar primeiro lugar junto da Portela?’ Eu não sei, não vi nem a Portela, só trechos. Se me perguntar sobre as sinopses, eu não sei. O melhor samba, não sei. Eu gosto mais do da Mangueira. Não vi nem o tal do Aladim (da comissão de frente da Mocidade), só vi depois do carnaval (risos).
Mas e a ideia de liderar as mudanças com a Mocidade?
Essa sugestão do Fabato é mais no sentido figurado. São duas pessoas que pensam o Carnaval mais voltado para a cultura do que para o resultado. Lógico que eu, sendo da Portela, quero que ela ganhe. Se depender de mim, vai ser bi e tri. Mas o que me interessa mais no Carnaval é a parte cultural. Não é você ganhar porque tiraram meio ponto de outra escola. Quer saber qual foi minha maior tristeza no Carnaval? Foi a Portela não ter tirado quatro notas 10 em samba enredo. Há anos que a Portela é a única que tira quatro 10 em samba. Isso para mim é um troféu que você não pode imaginar. Mas esse ano teve um julgador que tirou um décimo e desfalcou nossa galeria. Isso pra mim é um troféu talvez maior que ganhar o Carnaval. Gosto de ver a Portela jogando bonito. Gosto de acabar o desfile e ver as pessoas encantadas com o desfile da Portela. Aquele “já ganhou” do público no ano passado foi fantástico. Quero ver a Portela sendo a primeira nos quesitos de samba. Se ela ganhasse de vez quando seria o ideal (risos). Eu prefiro que ela se mantenha como uma guardiã do samba, com sua historia e suas tradições. Essa é a Portela que eu quero.
Excelente a entrevista! Parabéns ao site!
E tomara que o Luis Carlos Magalhães, com sua autoridade, consiga forjar um movimento na liga que de fato altere o regulamento, já passou da hora!!
A solução esta por dar três troféus por desfile:
– Troféu “Campeã Técnica”, avalia tecnicamente o desfile, leva a escola que tiver mais pontos conforme é feito hoje;
– Troféu “Campeã Passarela”, o espectador presente na passarela do samba avalia de forma geral o desfile, o aspecto visual, a beleza, o bom samba, empolgação, etc… através de uma cédula recebida na hora da compra do ingresso (uma para cada ingresso), que deve ser preenchida durante o desfile e depositada em uma urna na saída das arquibancadas e camarotes;
– Troféu “Campeã Digital”, a escola é avaliada por telespectadores via uma rede social escolhida previamente (Facebook, Twitter, Instagram, etc…) e por SMS.
Assim mais de uma escola pode ser campeã, e quanto a premiação em $? a liga das escolas devem buscar patrocinadores, há muitas atividades que ganham com o Carnaval (Hotéis, restaurantes, bares, etc…) e estes podem patrocinar os desfiles e a premiação.
PARAREANIMAR VOLTEO O SISTEMA ANTIGO SOBEM DUAS E CAEM DUAS ESCOLAS UMA E MONOTONO,JA PENSOU NO FUTEBOL SUBIR E DESCER UM TIME!?
A portela deveria se contentar em dividir o título,pois a final a verdadeira campeã foi a Mocidade!!!
Tá de brincadeira! Perder tendo satisfeito mais jurados, deles obtendo mais notas dez, tendo sido mais apontada como favorita nas mídias… eu sempre adorei a Mocidade (e esperava ansioso que ela voltasse a fazer belos desfiles) mas sejamos sinceros: antes dessa apuração, as fichas estavam todas em Portela, Mangueira e Salgueiro! A Mocidade até com um 4° lugar teria ficado feliz pra quem há 13 anos sequer dava as caras no Sábado! Eu vejo mais vitória na Portela, inclusive, pela regularidade! Vem bicando nas cabeças há 4 anos, não foi catapultada de um 10° lugar para uma disputa pau a pau que, com respeito ao belo desfile, fez geral sentir na apuração que estava ali a “azarona do ano” em verde e branco! Em suma… a Mocidade passou linda mas a maioria das pessoas, dos comentários, análises, etc pós-desfiles não colocavam a Mocidade como seríssima candidata a título! Era certamente esperada no sábado das campeãs!
Sem mencionar composição caindo de carro com queijo e tudo no finalzinho, numa sorte enorme de já ter passado do júri enquanto Portela foi praticamente impecável!
Aplausos LCM…pelo trabalho, pela visão, pela ação e pela entrevista. “Essa é a Portela q eu quero”. Q Deus o ilumine e q os homens o permitam. Saudações!!!!
Quero dizer quebvi o desfile e realmente a Portela veio pra ganhar sem dúvida. Desde sua entrada até o final do desfile impecavel. Nada de dividir foi a melhor mesmo Parabens Portela fez seu espetáculo magestoso.