Depois da morte, para onde foi Lampião: céu ou o inferno? A dúvida, que serviu de inspiração para os cordelistas nordestinos, é o mote do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval de 2023.
“O enredo se debruça na ‘peleja’ inverossímil e delirante dos cordelistas que, após a morte do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva – o famoso Lampião -, transformaram em jocoso, ficcional e rica literatura o destino pós-morte da mítica personalidade nordestina”, disse o carnavalesco Leandro Vieira, que assinará o desfile – o segundo dele na escola.
No enredo, batizado “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, a Imperatriz vai explorar a história do Rei do Cangaço após a morte em 1938, em uma emboscada na fazenda Angicos, no Sergipe.
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Nas redes sociais, Vieira citou alguns cordéis que narram justamente a história de Lampião após a morte – “A chegada de Lampião no inferno”, “O grande debate que teve Lampião com São Pedro” e “A chegada de Lampião no céu”. Neles, o cangaceiro se depara com o acerto de contas com São Pedro, no céu, ou com o diabo, no inferno.
A produção literária em torno do destino de Lampião reflete o julgamento feito até os dias de hoje, que fomenta um debate sobre o “veredicto” ao cangaceiro: se um homem bom, que ajudava os mais pobres, ou o facínora que saqueava, matava e decapitava os inimigos. Há quem diga que fora as duas coisas.
Para saber mais sobre o enredo, só no dia 29 de junho, quando a Imperatriz divulgará a sinopse.
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