Os barracões das escolas de samba da Série A (acesso) e das demais divisões inferiores não foram, nem serão inspecionados pelo Ministério do Trabalho.
Diferente do que aconteceu com as agremiações do Grupo Especial, que tiveram seus barracões na Cidade do Samba interditados pela Superintendência do Ministério do Rio por conta de irregularidades (saiba mais aqui), as demais escolas não receberão os auditores para fiscalizações nas condições de segurança dos trabalhadores – ou pelo menos não há qualquer previsão para que isso aconteça.
O motivo é simples: falta de profissionais para o serviço, segundo o superintendente do Ministério no Rio, Claudio Secchin.
“Nosso grupo de auditores fiscais no estado do Rio de Janeiro para cuidar desses assuntos é muito pequeno. Nós só temos 20 auditores no setor de segurança, que é uma área muito precária em termos de mão-de-obra especializada. Uma fiscalização demanda um conhecimento técnico muito grande do auditor, o que faz com que muitas inspeções demorem muito mais”, explicou Secchin ao Setor 1.
“Não dá para fazer tudo. A gente tenta”, lamenta o superintendente.
As escolas da Série A desfilam na Marquês de Sapucaí, e dos Grupos B ao E, na Estrada Intendente Magalhães, na Zona Norte do Rio. Elas preparam suas fantasias e alegorias em galpões pelos bairros ou barracões espalhados ao redor da região central da cidade, muitos deles ocupados anteriormente pelas agremiações do Grupo Especial e, pelo o que sem tem notícia, sem condições ideais de trabalho.
Procurada pela blog, a Lierj confirmou que não recebeu qualquer notificação sobre inspeções nas escolas da Série A.
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