O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) a prisão preventiva de 15 investigados na Operação Furna da Onça, deflagrada na última quinta-feira, contra políticos do Rio de Janeiro. Entre os detidos está o presidente da Mangueira, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, deputado estadual pelo PSC.
Chiquinho foi alvo de pedido de conversão de prisão temporária para preventiva na tarde da segunda-feira, 12.
O tempo de prisão temporária é de cinco dias. Se o tribunal aceitar o pleito do MPF, Chiquinho permanecerá detido, e o prazo é indeterminado.
Segundo o MPF, há indícios de que alguns investigados tiveram acesso a informações da operação antecipadamente, o que compromete em algum nível os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão.
No esquema revelado pelo MPF, parlamentares ganhavam pagamentos mensais – chamados “mensalinhos” – em troca de votos em propostas que beneficiassem membros da quadrilha do então governador Sergio Cabral, até 2014, pelo menos.
Ao todo foram movimentados cerca de R$ 54 milhões, sendo que, só Chiquinho, é responsável por no mínimo R$ 3 milhões.
De acordo com as apurações, realizadas também pela Polícia Federal e a Receita Federal, Chiquinho recebeu R$ 200 mil para ajudar a custear o desfile da Mangueira em 2014, o primeiro da sua gestão após ser eleito para o posto. O valor seria parte de um montante bem maior – R$ 1 milhão, cifra pedida pelo dirigente. O deputado usava meias compridas e até a própria mãe para receber o dinheiro. Saiba mais aqui.
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