O desembargador federal Abel Gomes converteu em prisão preventiva a detenção temporária do presidente da Mangueira e deputado estadual pelo PSC, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira. A decisão do relator do processo penal, iniciado com a Operação Furna da Onça, foi tomada nesta terça-feira, após pedido do Ministério Público Federal (MPF), e atinge outros alvos da ação. Veja a reportagem completa da BandNews FM Rio aqui.
Chiquinho e outros agentes públicos foram presos temporariamente na última quinta-feira, acusados de participação em esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que movimentou, segundo o MPF, cerca de R$ 54 milhões.
O MPF pediu as prisões preventivas pois viu indícios de que alguns investigados tiveram acesso a informações da operação antecipadamente, o que compromete em algum nível os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão.
Com a decisão de Gomes, Chiquinho e outros permanecerão detidos por tempo indeterminado, dependendo de recursos das defesas pela soltura.
No esquema revelado pelo MPF, parlamentares ganhavam pagamentos mensais – chamados “mensalinhos” – em troca de votos em propostas que beneficiassem membros da quadrilha do então governador Sergio Cabral, até 2014, pelo menos.
Só Chiquinho seria responsável por no mínimo R$ 3 milhões no esquema.
De acordo com as apurações, realizadas também pela Polícia Federal e a Receita Federal, Chiquinho recebeu R$ 200 mil para ajudar a custear o desfile da Mangueira em 2014, o primeiro da sua gestão após ser eleito para o posto. O valor seria parte de um montante bem maior – R$ 1 milhão, cifra pedida pelo dirigente. O deputado usava meias compridas e até a própria mãe para receber o dinheiro. Saiba mais aqui.
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