Mestre do Império Serrano arranca lágrimas do pai com homenagem a avô, todos de linhagem de ritmistas

Vitinho, Faísca e a toalha de Alcides Gregório: família de ritmistas imperianos - Romulo Tesi
Vitinho, Faísca e a toalha de Alcides Gregório: família de ritmistas imperianos – Romulo Tesi

O mestre de bateria do Império Serrano, Vitinho, desfilou na manhã desta sexta-feira (22) com um amuleto: a toalha que era usada pelo avô, Alcides Gregório, ex-diretor de bateria da escola. Vitinho ainda arrancou lágrimas do pai, o Marco Antônio Pereira Guimarães, o Mestre Faísca, com o gesto.

“Assim você me faz chorar…”, disse Faísca, chorando na concentração do Império Serrano, após posar para fotos com a toalha com estampa do enredo de 1988 (“Para com isso, dá cá o meu”) que passou por gerações da família.

Citado no samba do Império Serrano de 2022, no trecho “filho de faísca é fogo, se entra no jogo é pra incendiar”, Faísca era só orgulho minutos antes do desfile.

“Eu me senti surpreso e honrado, e orgulhoso de ver meu filho no mesmo segmento”, disse Faísca ao Setor 1.

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Faísca garante que não interfere no trabalho de Vitinho, e nem do sobrinho, Wanderson, da Unidos da Ponte.

“Não me meto em nada. A capacidade é deles. Puxão de orelha, só se for para eles serem independentes, e não ficar na sombra dos mais velhos”, declarou.

“Meu pai [Alcides Gregório] me ensinou: ‘não pensa que eu porque sou presidente da bateria que você vai sair nela. Primeiro você vai ser discípulo dos meus discípulos”, concluiu.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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