Liesa cancela ensaios técnicos e dirigente avisa: só com patrocínio

Ensaio técnico da Mangueira – Alexandre Macieira/Riotur

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Jorge Castanheira, deu nesta quarta-feira a notícia que o mundo do samba não queria receber – mas de certa forma já esperava: os ensaios técnicos na Sapucaí para o próximo Carnaval não vão acontecer.

Em entrevista ao jornal Extra, Castanheira afirmou que a entidade não tem os R$ 3,5 milhões necessários para bancar as apresentações, que estão, portanto, fora do calendário da folia no pré-Carnaval de 2018.

A solução seria um patrocínio, que até agora não apareceu.

“O ensaio técnico está sendo cancelado porque a Liesa não tem recursos. Não tem como a gente fazer. Sem recursos, só se a gente tiver um patrocínio. Por enquanto, não tem. Por 15 anos, a Liga vem bancando sozinha esses ensaios . Isso aí, pra gente, é um custo de R$ 3,5 milhões a R$ 4 milhões por ano. O dinheiro é gasto com segurança, limpeza de banheiros, controle, carro de som, a gente banca tudo. Por 15 anos, a gente bancou. Este ano, infelizmente, não vamos conseguir fazer”, disse o dirigente ao jornal.

Crivella reunido com representantes das escolas e da Liesa, no auge da crise entre Prefeitura e o samba – Foto: Edvaldo Reis/Prefeitura do Rio

O dinheiro – ou a falta dele – é o principal personagem dos preparativos para o próximo Carnaval – tanto que até virou enredo da Mangueira e ajudou a inspirar o tema do desfile da Beija-Flor. Muito por causa do corte de 50% da verba da Prefeitura para as escolas de samba do Grupo Especial. Os recursos, no entanto, ainda não caíram na conta da escola, até onde o blog tem notícia.

A administração municipal, via Riotur, acertou o pagamento de R$ 1 milhão a cada agremiação, de forma parcelada. Os contratos estão assinados e a destinação da verba já foi publicada no Diário Oficial. Falta ver a cor do dinheiro.

Nota do blog: apesar do anúncio, melhor esperar pelas cenas dos próximos capítulos…

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Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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