Falecido na última sexta-feira, Luiz Melodia pode ser o enredo da Estácio de Sá no Carnaval 2019.
O cantor era torcedor da escola e cria do morro do São Carlos, no bairro do Estácio, berço do samba.
A ideia de homenagear Melodia não surgiu agora, somente após sua morte. Já era um desejo antigo da agremiação, que cogitou o desfile sobre o músico em 2018. Mas por conta de alguns empecilhos, incluindo o próprio estado de saúde do cantor, o enredo ficou guardado.
O presidente da escola, Leziário Nascimento, disse ao Setor 1 que a vontade da Estácio é fazer a homenagem, mas que o enredo ainda não está confirmado.
“É um desejo nosso, mas vamos esperar, o martelo ainda não está batido”, declarou o dirigente.
Anteriormente, Nascimento havia dito ao site Carnavalesco que faria a homenagem, sem especificar que Melodia seria o enredo da escola.
Leia também:
TESTE: Descubra se essas personalidades já foram tema de desfile no Carnaval
Carnaval terá crítica a Crivella e reflexão: veja todos os enredos das escolas do Rio
Escola de SP terá samba em homenagem a Martinho da Vila assinado por 25 compositores
Carnavalesco explica recusa de enredo sobre Huck: fora do ‘padrão Mangueira’
Carnaval SP: Doria sinaliza redução de verba da prefeitura, mas garante recursos
Alcione: ‘nesse país os caras roubam na Petrobras e a culpa é do samba’
Uma das questões a serem resolvidas é com a família de Melodia, que teria que autorizar a homenagem no desfile de 2019. Atualmente, a Estácio está na Série A, o grupo de acesso do Carnaval carioca.
A escola e o bairro que leva o mesmo nome são pontos importantes na geografia da carreira de Luiz Melodia. Tanto que o cantor teve seu corpo velado na quadra da agremiação, que decretou luto de dois dias, suspendeu as atividades e publicou um comunicado lamentando a morte do músico. Leia abaixo:
O GRES Estácio de Sá vem a público manifestar seu profundo pesar em virtude do falecimento de um de seus mais ilustres torcedores. Luiz Melodia elevou nosso pavilhão e nossa comunidade aos mais altos patamares através de sua música e hoje nosso surdo chora e o Berço do Samba se cala em solidariedade a todos os fãs e à querida amiga e esposa Jane neste momento de dor, que também é nosso.
Uma perda irreparável para a Música Popular Brasileira, para o samba e para a Estácio de Sá, no ano em que completamos 09 décadas de história. Decretamos luto oficial de dois dias, suspendendo nossas atividades de quadra nesta sexta e sábado.
[playbuzz-item item=”bc03ea77-1b58-4c43-aa62-7231bbffe7a1″ info=”false” shares=”false” comments=”false” recommend=”undefined” format=”story”]
Meu caro, conheço esses lugares que você mencionou porque joguei bola no Olaria A.C. e morava no clube, na rua Bariri. Na época estudava à noite em Bonsucesso, no Colégio Cardeal Leme, pela Rua Uranos. Encontrava sempre com os policiais da Invernada de Olaria no trecho entre o colégio e a Rua Bariri por volta de 11 horas da noite. Tempo bom. A gente não sentia medo em andar pela região a qualquer hora do dia e da noite. Costumava pegar o 484 – Olaria até o Forte de Copacabana – que saia das cinco Bocas. Época que não esqueço mais. Mas tudo isso faz 51 anos, foi em 1966. Joguei com o Dé, com o Joel Santana e outros que se destacaram no futebol. Depois que saí do Olaria, nunca mais retornei e quando você falou sobre esses lugares que conheci me deu vontade comentar. Foi bom. Sinto que o Rio esteja nessa situação.
Olá Franklin, que bom que eu tenha feito você reviver esses bons tempos. Grande abraço!
Infelizmente, Franklin, os tempos ficaram bicudos em todos os lugares. Como capixaba e frequentador do RJ, onde desfilava na “ala Capetinha” do Bloco Carnavalesco “Alegria da Capelinha”, posso te dizer que há muito deixei de frequentar o RJ, mas aqui em Vitória ES, evito sair a noite e não frequento qualquer periferia sob risco de não retornar pra casa.
Escola de samba é o símbolo da favela que estão infernizando a vida da cidade. Não sei se é uma boa homenagem