O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai à Justiça para tentar impedir a nova quebra no regulamento dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial carioca. Na última segunda-feira, 3, em plenária na sede da Liesa, as agremiações decidiram, em votação, salvar a Imperatriz Leopoldinense do rebaixamento. Último colocado, o Império Serrano não foi resgatado do acesso.
De acordo com a BandNews FM Rio, o promotor Rodrigo Terra entende que a manobra desrespeita a regras da disputa entre as agremiações e o público que assistiu às apresentações.
No ano passado, a Liesa firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP-RJ para evitar novo desrespeito ao regulamento, que prevê multa de R$ 750 mil em caso de descumprimento.
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Esta foi a terceira virada de mesa seguida do Carnaval do Rio. A primeira foi em 2017, quando o rebaixamento foi cancelado horas antes da apuração das notas. A decisão foi motivada pelos acidentes com Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca – esta com o desfile mais problemático daquele ano. Tuiuti ficou na última colocação, mas não caiu.
Em 2018, Grande Rio e Império Serrano seriam rebaixadas, mas uma manobra, com o apoio de políticos graúdos do Rio de Janeiro – incluindo o prefeito Marcelo Crivella -, evitou as quedas.
15 escolas, 3 dias
Uma proposta que vinha sendo discutida por pelo menos dois nomes importantes na cúpula do Carnaval carioca: fechar o Grupo Especial com 15 escolas, contando o Império Serrano, que desfilariam em três dias, entre domingo e terça-feira.
A medida visaria também isolar a Lierj, que acaba de mudar de comando. Nos bastidores, fala-se que parte dos líderes das agremiações do Especial não vê com bons olhos o novo grupo.
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