O Ministério Público Federal (MPF) recomendou nesta quinta-feira, 6, que Chiquinho da Mangueira e outros deputados estaduais do Rio de Janeiro permaneçam presos. Os parlamentares foram detidos na Operação Furna da Onça, da Polícia Federal, sob a acusação de recebimento de propina em troca de votos em matérias que beneficiassem a quadrilha do ex-governador Sergio Cabral.
A Procuradoria entende que os pedidos de revogação da prisão preventiva feitos pelos pelas defesas dos deputados não procedem.
Chiquinho alega que o dinheiro encontrado na casa de sua mãe (R$ 80 mil) não é seu, mas da Estação Primeira de Mangueira, para ser usado na preparação do desfile do Carnaval de 2019. O presidente afirma ainda que faltam provas da movimentação de R$ 30 milhões em 2017 e que o vazamento de informações sobre a operação não justifica a prisão preventiva.
Além de Chiquinho, os outros três parlamentares tentam deixar a cadeia: Coronel Jairo (MDB) e Luiz Martins (PDT), que alegam problemas de saúde e pedem a conversão em prisão domiciliar, e Marcus Vinicius “Neskau” (PTB).
A decisão final cabe ao desembargador federal Abel Gomes, relator das ações da Lava Jato do Rio no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2).
Eike e Uber
Em depoimento, Chiquinho afirmou que o desfile da Mangueira de 2014 teve a ajuda financeira do empresário Eike Batista, e que Cabral topou repassar dinheiro em esquema por ser torcedor da Verde e Rosa. Saiba mais aqui.
A prisão de Chiquinho não teve consequências somente na escola. As outras 13 agremiações do Grupo Especial e até os desfiles dos grupos B, C, D e E sofreram as consequências, já que a Uber desistiu do patrocínio (R$ 9,5 milhões no total) para o Carnaval carioca por causa da operação.
(Com Estadão Conteúdo)
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