Três escolas mudam voto, e Imperatriz ainda pode ser rebaixada

Imperatriz Leopoldinense 2019 -Fernando Grilli/Riotur

O Carnaval 2019 teve nova reviravolta nesta quarta-feira, 26. Depois da quebra de regulamento decidida em reunião na Liesa no último dia 3, que poupou a Imperatriz Leopoldinense do rebaixamento, três escolas mudaram seus votos na reunião de hoje e, com isso, a agremiação de Ramos ainda pode ser rebaixada.

O placar de 8 a 5 da assembleia geral a favor da virada da mesa virou um 8 a 5 pela manutenção do regulamento, com duas escolas rebaixadas, incluindo o Império Serrano, último colocado.

Unidos da Tijuca, Paraíso do Tuiuti e União da Ilha, que haviam votado por salvar a Imperatriz, voltaram atrás e solicitaram à Liesa a mudança de voto. A motivação alegada foi a repercussão negativa da virada de mesa, a terceira em três anos.

Após o encontro desta quarta, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, foi cauteloso e preferiu não garantir que a Imperatriz vai de fato ser rebaixada. Segundo o dirigente, uma nova assembleia será convocada para formalizar a decisão de hoje. A novela, portanto, ainda não acabou.

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O dirigente não garantiu sequer se juridicamente será possível a mudança de lado de Tijuca, Tuiuti e Ilha. O Departamento Jurídico da liga vai avaliar o caso. Mais cedo, a Imperatriz enviou ofício à Liesa para se defender, afirmando que o encontro desta quarta não poderia mudar a decisão do dia 3, por se tratar de reunião ordinária, e não uma assembleia geral.

Castanheira afirmou ainda que, mesmo que o rebaixamento da Imperatriz seja confirmado, ele segue demissionário – no dia 3, após a virada de mesa, o presidente anunciou sua renúncia.

O presidente da Liesa, por conta do desrespeito ao termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado pela entidade com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), decidiu deixar a liga. O acordo prevê o pagamento de multa de R$ 750 mil em caso de quebra de regulamento. A Liesa chegou a ser notificada pelo MPRJ, mas conseguiu dois adiamentos. O prazo, a princípio, se encerra na próxima sexta-feira, 28.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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