Dragões critica ‘escravidão’ pelo tempo – inclusive das escolas de samba

Quinto carro da Dragões – Romulo Tesi

Segunda escola a desfilar neste sábado no Anhembi, a Dragões da Real falou sobre o tempo em seu enredo. E o último carro da agremiação trouxe uma crítica, com uma dose de humor, da escravidão do homem pelo tempo.

A alegoria teve como principal escultura um Rei Momo com feição enfadonha, segurando um cronômetro que marca 65 minutos – o tempo máximo de um desfile no Carnaval em São Paulo.

Na frente, um telão de led fazia a contagem regressiva da apresentação. Ou seja, até às escolas de samba podem ser “escravas” do tempo.

Apesar do enredo abstrato, um dos poucos em 2019, ano dominado pela política, o carnavalesco da escola, Mauro Quintaes, acredita ser possível fazer crítica social dentro de qualquer temática de desfile.

“Sempre dá para encaixar uma crítica nos enredos. Só é preciso pontuar cada setor com uma novidade, na plástica ou na mensagem”, disse Quintaes ao blog.



Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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