Jean Wyllys diz que escolas de samba são vítimas de racismo

Jean Wyllys – Wilson Dias/Agência Brasil

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) tratou em sua coluna na Mídia Ninja das dificuldades financeiras das escolas de samba, sobretudo nos últimos anos. O parlamentar afirma que as agremiações enfrentam tal situação por serem vítimas de um racismo “fortemente arraigado na mentalidade do poder público e também da iniciativa privada”.

No Rio de Janeiro, as escolas voltaram a se desentender com o prefeito Marcelo Crivella, que reduziu novamente a verba destinada às agremiações – primeiro de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, e agora para R$ 500 mil. Para piorar, a Uber desistiu de patrocinar os desfiles. (Saiba mais aqui)

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Wyllys ressalta a importância cultural e econômica do Carnaval, mas que a “elite que tradicionalmente controlou o poder do Estado sempre viu com maus olhos todos os costumes associados aos pretos. O não reconhecimento de sua cultura como parte relevante da cultura nacional é uma face disso”.

“O desinteresse de empresas privadas que lucram os tubos durante a festa do carnaval em contribuir mais generosamente para sua valorização cultural (…) também chama atenção para dimensão do problema. Não estamos falando só da gestão tenebrosa de Crivella à frente da prefeitura, mas de um pensamento amplamente disseminado”, afirma o deputado, que ainda exaltou o enredo da Mangueira, sobre heróis esquecidos pela história oficial, e a homenagem a Marielle Franco no samba.

Leia a coluna na íntegra aqui.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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