Mesmo sem patrocínio da Uber, Liesb garante: ‘haverá desfile de qualquer jeito’

Desfile do Arranco na Intendente Magalhães em 2013 – Alexandre Macieira/Riotur

Não há qualquer sinalização de quando e quanto as escolas de samba dos grupos B, C e D receberão da Prefeitura do Rio para aprontar os desfiles de 2019. Além disso, nem a saída da Uber, que desistiu de patrocinar a estrutura na Estrada Intendente Magalhães, local das apresentações, parece abalar o otimismo da Liesb, liga responsável pelos grupos. Segundo o presidente da entidade, Gustavo Barros, “haverá desfile de qualquer jeito”.

A previsão era que a empresa de transporte particular investisse R$ 2,5 milhões para montar a infra na Intendente. Até o momento, foram captados, via Lei Rouanet, R$ 500 mil com a Booking.com, que atua no setor de reservas de hospedagem. Se não pintar mais dinheiro, Barros posta no “jeitinho”.

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“Vamos ver a melhor forma, quem sabe com a iniciativa privada. Nem que seja com estrutura reduzida. De repente não se monta arquibancadas e colocam só grades. O que não pode acontecer é ‘matar’ mais 60 comunidades, acabar com as escolas de de sambas dessa forma. A opinião pública pede emprego, segurança, saúde, mas imagina como seria para 60 comunidades, que só tem a escola de samba como movimento cultural, como seria ficar sem o Carnaval?”, declarou o dirigente ao Setor 1.

A montagem da estrutura é de responsabilidade da Riotur e parceiros, que entregam a avenida pronta para os desfiles.

Cena clássica dos desfiles na Intendente: foliões invadem pista entre as apresentações – Alexandre Macieira/Riotur

“Vitória grande”

Sobre a verba da Prefeitura para as escolas, Barros diz que ouviu da Riotur a promessa de assinar o contrato de subvenção logo após o acordo com os grupos Especial e da Série A sejam selados. No entanto, ainda não há previsão para isso acontecer. A expectativa é que cada agremiação da Série B receba R$ 75 mil; para as do grupo C, R$ 35 mil, e R$ 17 mil para o D. Tudo somente no início de 2019 – assim o dirigente espera,

Apesar da incerteza, o presidente da Liesb prefere não demonstrar preocupação.

“Esse ano o dinheiro chegou 15 dias antes dos desfiles. Se chegar em janeiro (a mais de um mês das apresentações, dependendo da data), vai ser uma vitória grande”, concluiu.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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