Caso não aconteça algo fora do roteiro, Ney Filardi será aclamando presidente da União da Ilha neste domingo, 11. Único candidato inscrito, Filardi afirma que voltará ao posto que ocupou entre 2009 e 2018 por pedidos de amigos. Ele substituirá Djalma Falcão, e encontrará a escola no acesso, enfrentando a profunda crise causada pela pandemia de Covid-19.
Pelo menos uma mudança importante o dirigente anunciou para tentar o retorno ao Grupo Especial: a troca de enredo.
A Ilha havia anunciado para 2022 a reedição de “Fatumbi”, desfile sobre o fotógrafo e etnólogo francês Pierre Verger, do Carnaval de 1998. No entanto, Filardi afirmou ao Setor 1 que a ideia já foi abortada. “Com todo respeito ao Milton Cunha [que assinou o desfile originalmente], mas sou contra reedições”, explicou.
“Vou conversar com os carnavalescos [Severo Luzardo e Cahê Rodrigues] a partir de segunda-feira”, disse o futuro presidente, que promete enredo inédito e faz uma brincadeira.
“Se eu pudesse, o enredo da União da Ilha seria ‘Vacina, sim. Cloroquina, não'”, declarou, fazendo campanha pela vacinação contra o coronavírus e contra o uso de medicamentos sem eficácia contra o vírus.
“Pior desfile”
Filardi afirma que volta à União da Ilha com “o mesmo espírito guerreiro de sempre, de muita garra e amor pela escola”, e que a meta é voltar ao Grupo Especial “o mais rápido possível”. Para isso, apesar da crise, conta com a força da comunidade insulana para dar a volta por cima após o rebaixamento de 2020.
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Sobre o desfile do ano passado, de triste lembrança para os insulanos, Filardi evita críticas específicas aos envolvidos – “eu não acompanhei de perto”, afirma -, e diz que “não há enredo ruim, há enredo mal desenvolvido”, mas não mede palavras ao avaliar a apresentação.
“Foi o pior desfile da história da União da Ilha”, detona.
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