Desfile virtual da Mangueira pode gerar 200 empregos; carnavalesco explica projeto

Bateria da Mangueira
Bateria da Mangueira – Gabriel Santos/Riotur

A Mangueira ainda pode desfilar este ano. A escola, que completa 93 anos nesta quarta-feira, 28, assinou uma carta de intenção com a Capivara Filmes para a realização de uma apresentação virtual em novembro, em um desfile que será desenvolvido com técnicas de animação em 3D. O projeto está em fase de captação de recursos. Em live no canal Ouro de Tolo, do youtuber Pedro Migão, o carnavalesco da Mangueira, Leandro Viera disse que, apesar de virtual, o desfile vai demandar a confecção de fantasias reais e, logo, a contratação de profissionais da folia.

Segundo Vieira, estima-se a contratação de 200 profissionais, entre costureiros, aderecistas e outros trabalhadores para a realização do desfile, caso o projeto vingue.

“É uma superprodução”, disse o carnavalesco, que desenvolverá o enredo – que pode ser uma reedição – e criará figurinos e alegorias.

A apresentação contará com praticamente os mesmos elementos de um desfile real: 25 alas, casal de mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, bateria, velha guarda e tudo mais, num total de 4 mil desfilantes, mesmo que fruto de computação gráfica.

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Os componentes, 10 de cada ala, serão filmados em um fundo de chroma key. Depois esses mesmos desfilantes serão multiplicados e virarão uma ala com 100 pessoas com recursos de animação digital. Isso vale inclusive para mestre-sala, porta-bandeira e comissão de frente, que terão coreografias feitas especialmente para a apresentação.

“É um projeto que vai proporcionar a contratação de 200 profissionais diretos, que vai contratar a cadeia produtiva do Carnaval para realizar algo que vai proporcionar a realização de 500 roupas”, explicou Vieira.

Sem desfile em 2021 por causa da pandemia, a economia do Carnaval entrou em colapso, com barracões fechados, quadras vazias e trabalhadores sem sustento. A expectativa agora é que a vacinação contra a Covid-19 deslanche, e a os profissionais da folia voltem a trabalhar.

Assista à entrevista:

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

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