Na reedição este ano do enredo de 1990, “E o samba sambou”, sobre o afastamento das escolas de suas tradições, a São Clemente decidiu não ficar somente no discurso. Por uma questão de coerência, a agremiação decidiu abolir uma das “amarras” dos componentes: as alas coreografadas.
A ordem repassada ao pessoal da Harmonia da escola é soltar os desfilantes para brincar ao som do clássico de Chocolate, Helinho 107, Mais Velho e Nino. “E o samba vai perdendo a tradição”, diz a letra que embalará a São Clemente em 2019 de novo.
Mais: a escola reduziu drasticamente o número de fantasias comerciais – as que não vendidas para componentes de fora da comunidade. Dos cerca de 3.200 figurinos, apenas 200 serão comercializadas para pessoas de fora da agremiação. A ideia é, com isso, também resolver um problema da escola de Botafogo em 2018: o canto.
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No último Carnaval, a São Clemente não levou sequer um 10 em Harmonia, perdendo cinco décimos (as notas foram 9,8; 9,8; 9,9 e 9,7). A escola terminou na 11ª colocação (de 13) com o enredo “Academicamente popular”, sobre os 200 anos da Escola de Belas Artes.
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