Pintou dinheiro. As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro receberam, enfim, as duas primeiras parcelas de R$ 450 mil cada da subvenção da Prefeitura.
Dependendo do ritmo dos repasses e da vontade do governo do presidente Michel Temer, o orçamento de cada escola para o Carnaval 2018, contando verbas oficiais, pode chegar a R$ 2,5 milhões.
Segundo o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, a verba da gestão Marcelo Crivella (a segunda parcela) foi depositada na última segunda-feira. Faltam apenas R$ 100 mil, que só serão repassados após a prestação de contas das agremiações.
Com isso, da parte da administração municipal, a Liesa ainda aguarda os R$ 500 mil do Uber. A empresa de transporte particular apresentou uma proposta de R$ 10 milhões para patrocinar o Carnaval no segundo chamamento público da Riotur. Deste valor, R$ 6,5 milhões serão destinados às escolas.
Da parte do Governo Federal, a Caixa Econômica Federal vai destinar R$ 8 milhões para as agremiações, sendo R$ 7 milhões diretamente como patrocínio e R$ 1 milhão via Lei Rouanet. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, confirmou os recursos no último dia 28 de novembro.
Ainda não há uma previsão de data para a verba ser repassada.
“Agora não é possível falar em prazo”, disse Castanheira ao Setor 1.
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Mais R$ 5 milhões
O presidente da Liesa espera a confirmação de uma data para mais uma reunião em Brasília com a direção da Caixa. O clima é de otimismo. “Se sai da área de patrocínio, é mais rápido”, prevê.
Atualmente, de verbas oficiais, as escolas conseguiram no total, entre o que foi prometido e o que já foi pago, pouco mais de R$ 2,1 milhões, cobrindo os R$ 2 milhões que a prefeitura dava como subvenção até 2017. Mas a Liesa sairá em busca de mais. No caso, R$ 5 milhões.
“A gente está tentando os outros R$ 5 milhões do Governo Federal. Foram prometidos R$ 13 milhões, e não R$ 8 milhões”, lembrou Castanheira, citando compromisso do governo Temer e o que foi anunciado pelo ministro da Cultura.
Em julho deste ano, representantes das escolas e da Liesa estiveram em Brasília para encontro com Temer e Leitão. Segundo presentes, foram prometidos R$ 13 milhões.
O presidente da União da Ilha, Ney Filardi, confirmou o depósito e comemorou, ainda que tenha críticas por conta da demora. “Agora é trabalhar, mesmo que com pouco dinheiro”, disse ao Setor 1 o dirigente, um dos maiores críticos de Crivella.
Na última sexta, Filardi publicou a foto do prefeito entregando um cheque simbólico a Castanheira com os dizeres: “Deu o cheque, mas o dinheiro não”. Na imagem, modificada, o presidente da Liesa, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, e o diretor de Carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, aparecem com os rostos cobertos.
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