Enquanto a relação com a prefeitura segue atribulada, as escolas se aproximam do governo do Rio, com o recém-empossado Wilson Witzel. É por intermédio de uma renúncia de ICMS da Light pela administração estadual que as agremiações podem receber R$ 1 milhão cada, conforme anunciou nesta quarta-feira a Liesa. A volta dos ensaios técnicos também estaria próxima. O clima de otimismo, porém, não chega a ser compartilhado por todos.
“O [Jorge] Castanheira [presidente da Liesa], que está à frente disso, está muito confiante. As escolas, não muito”, declarou o presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães, ao Setor 1, após a reunião na seda da Liesa com os representantes das escolas.
Até o momento, as agremiações do Grupo Especial têm garantidos somente R$ 500 mil da prefeitura, mas o contrato sequer foi assinado. Elas alegam que o prometido pela gestão Marcelo Crivella era R$ 1 milhão, fora os R$ 500 mil do Uber, que desistiu do patrocínio após a prisão do presidente da Mangueira, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira. Já a prefeitura afirma que o combinado era de fato R$ 1 milhão, mas contando com a verba do Uber.
O impasse continua, e as escolas não conseguem marcar um encontro com Crivella.
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“Há uma crise nos três níveis: municipal, estadual e federal. Se fossem empresas, estavam falidos. Além disso, essa não é a praia do prefeito. Ele não gosta disso. Ele não entende o Carnaval como um grande investimento para a cidade, como uma marca fundamental do Rio de Janeiro. Ele entende como custo. Aí não podemos esperar mais nada”, afirmou Magalhães durante ensaio da Portela na quadra da escola.
O dirigente ainda lembrou que São Paulo tem se mostrado mais ativo no Carnaval, pelo menos no apoio do poder público. Inclusive as escolas do Acesso 1 paulista receberão cada uma mais verba da prefeitura que as do Grupo Especial do Rio.
“O que a prefeitura de São Paulo está fazendo… Vai engolir o Rio”, alerta o presidente portelense.
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