A União da Ilha anunciou que no próximo Carnaval vai reeditar o enredo de “Fatumbi – A ilha de todos os santos”, de 1998, sobre o fotógrafo francês Pierre Verger (1902 – 1996), que se mudou para a Bahia, adotou o Candomblé como religião e se tornou babalaô.
Originalmente, o desfile foi desenvolvido pelo carnavalesco Milton Cunha. Agora a missão ficará com a dupla Cahê Rodrigues e Severo Luzardo.
O samba, aclamado como um dos preferidos pelos insulanos, mas pouco conhecido fora da turma do Carnaval, é de Márcio André, Almir da Ilha e Maurício 100.
Em 1998, a escola ficou apenas em 9º lugar, em um desfile com alguns problemas, inclusive o tombamento de uma escultura no segundo carro alegórico.
A escola foi rebaixada este ano e desfilará na Série A no próximo Carnaval, ainda sem sem data, por causa da pandemia de Covid-19.
Festa Profana
O anúncio não deixa de ser uma surpresa. Mais do que mera especulação, a reedição do antológico “Festa Profana”, de 1989, era dada como uma possibilidade concreta, praticamente certa.
Em entrevista à Rádio Arquibancada em junho deste ano, o Cahê disse inclusive que já estava trabalhando com a ideia.
“A princípio está batido o martelo. A gente tem trabalhado em cima dessa ideia. A escola ainda não se pronunciou oficialmente porque estamos esperando algumas coisas se alinharem para poder fazer uma divulgação bacana”.
Em live, o intérprete Ito Melodia também confirmou a reedição do samba de 1989.
No entanto, em entrevista ao site Carnavalesco esta semana, o presidente da União, Djalma Falcão, surpreendeu ao dizer que “Festa Profana” foi colocado “na conta” da escola, e tratou tudo como uma “doideira muito grande”. “Hora nenhuma anunciamos ou admitimos esse enredo”, declarou Falcão, quatro meses após a entrevista de Cahê.
Ouça o samba:
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