O Águia de Ouro anunciou nesta terça-feira que excluiu o componente Walmir Sparapane, que se apresentou no ensaio técnico do último sábado fantasiado de Adolf Hitler.
Sparapane desfilou caracterizado como o ditador alemão, portando um cassetete e usando uma faixa presidencial, o que fez com que o personagem fosse associado por alguns ao presidente da República, Jair Bolsonaro. A escola não só nega a crítica como afirma que a performance foi uma atitude isolada do componente, sem que a diretoria soubesse.
“A escola de samba repudia a atitude, que nada tem a ver com o enredo proposto e desenvolvido ao longo do último ano, e, em resposta a ela, excluiu o sambista de seu desfile”, declara a agremiação em comunicado intitulado “Um Componente não Representa uma Comunidade Inteira”.
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Desde domingo, a escola se pronunciou mais de uma vez para se defender das críticas. Em uma das notas divulgadas, o Águia chegou a afirmar que o foco da crítica era o ex-presidente Getúlio Vargas. Em seguida, porém, o próprio presidente da escola negou e isentou o Águia de qualquer responsabilidade sobre a atitude de Sparapane.
A Federação Israelita de São Paulo se pronunciou, condenando a performance, o que motivou um pedido de desculpas do Águia.
Veja a nota do Águia na íntegra:
Um Componente não Representa uma Comunidade Inteira
Por respeitar de forma muito séria o Carnaval de SP e toda a sociedade brasileira, a escola de Samba Águia de Ouro continua acompanhando o fato isolado que ocorreu em seu ensaio técnico, no último sábado, no Sambódromo do Anhembi.
Durante o evento, o componente Walmir Sparapane montou um figurino de forma independente e pessoal, fazendo uma alusão ao atual presidente do Brasil e toda a nação Israelita.
A escola de samba repudia a atitude, que nada tem a ver com o enredo proposto e desenvolvido ao longo do último ano, e, em resposta a ela, excluiu o sambista de seu desfile.
Comprometimento, ética e respeito são as marcas registradas da escola que tem mais 42 anos de história e nunca se envolveu em episódios como este.
Temos a certeza que a energia contagiante de nossos mais de 2.700 mil componentes prevalecerá diante de um comportamento individual e sem precedentes.
38 presidentes na história brasileira….
mas, falou em nazi…..é só um que vem a cabeça?