Prefeitura aumenta cachê para escolas de samba de São Paulo; investimento será de R$ 35 milhões

Alegoria da Mancha Verde no desfile de 2019 – Luiz Cláudio Barbosa/Código19/Estadão Conteúdo

Na contramão do Rio de Janeiro, a prefeitura de São Paulo aumentou o valor pago às escolas de samba para a preparação dos desfiles. No caso do Grupo Especial, a subvenção subiu de R$ 1.181.546,88, em 2019, para R$ 1.280.618,31 em 2020 para cada agremiação – um incremento de 8,3%, de acordo com informações Secretaria Municipal de Turismo. No total, a administração da capital paulista repassará R$ 17.928.656,34 na soma das 14 escolas.

O investimento no Acesso 1 também subiu, indo de R$ 783.358,86 (em 2019) para R$ 847.483,86 para cada uma das oito escolas – um aumento de 8,2%. Serão R$ 6.779.870,88 no total.

Já a subvenção do Acesso 2 se manteve o mesmo: R$ 186.932,10 para cada agremiação – são 12 no total. O afoxé Filhos da Coroa de Dadá, que se apresenta antes dos desfiles no sábado de Carnaval, receberá R$ 65.118 a título de apoio institucional.

Com isso, o total repassado de subvenção – que a prefeitura chama de cachê – para escolas e afoxé subiu de R$ 25.116.831,05 para 27.016.831,07 em 2020.

A prefeitura ainda destinou R$ 7.155.719,41 para bancar a infraestrutura dos desfiles.

Ensaio técnico no Anhembi – Foto: Romulo Tesi

Há ainda a previsão de R$ 488 mil para premiações dos grupos Especial, Acessos 1 e 2 e afoxé, além de R$ 235 mil para a Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e outros R$ 188 mil para a Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo (ABBC).

Contando subvenção, premiações, infraestrutura e associações de bandas e blocos, o investimento subiu de R$ 33.184.549,48 para R$ 35.084.549,50.

O valor total do contrato é de R$ 36.656.966,28, incluindo taxa de administração e impostos.

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Rio de Janeiro

Chamada por Vinícius de Moraes de “o túmulo do samba”, São Paulo vem pagando valores mais altos às escolas que o Rio de Janeiro – pelo menos em matéria de investimento da administração municipal. Em 2019, cada escola do Acesso 1 paulista recebeu R$ 783.358,86 da prefeitura, contra R$ 500 mil repassados pela prefeitura do Rio às agremiações do Grupo Especial (veja aqui).

Para 2020, o prefeito Marcelo Crivella já anunciou que não pagará subvenção às escolas de samba dos grupos Especial e da Série A (acesso), após dois anos seguidos de cortes. Há inclusive um projeto de lei, do vereador Dr. Gilberto (PMN), que pretende proibir investimento público municipal em eventos com cobrança de ingresso, medida que atingir em cheio dos desfiles da Marquês de Sapucaí. A matéria está tramitando na Câmara de Vereadores,

Ainda assim, a prefeitura anunciou o investimento de R$ 8,1 milhões em obras no Sambódromo para o Carnaval 2020.

Romulo Tesi

Romulo Tesi Jornalista carioca, criado na Penha, residente em São Paulo desde 2009 e pai da Malu. Nasci meses antes do Bumbum Paticumbum Prugurundum imperiano de Aluisio Machado, Beto Sem Braço e Rosa Magalhães, em um dia de Vasco x Flamengo, num hospital das Cinco Bocas de Olaria, pertinho da Rua Bariri e a uma caminhada do Cacique de Ramos, do outro lado da linha do trem. Por aí virei gente. E aqui é o meu, o nosso espaço para falar de samba e Carnaval.

1 comentário

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  • R$ 35.000.000,00 Trinta e cinco milhões de reais ou cerca de 10 milhões de dólares, para Escolas de Samba na Cidade de São Paulo, que apesar de 40 anos de Redemocracia entre ‘coxinhas e mortadelas’ não oferece CRECHES para todas CRIANÇAS da Capital. Principalmente nas periferias, onde é mais necessário. Pobre país rico. O Brasil de muito fácil explicação.